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Varejo tradicional puxa alta dos investimentos dos brasileiros até setembro

 

Os investimentos dos brasileiros do varejo tradicional cresceram 15,9% até setembro, somando R$ 1,12 trilhão. Foi a maior variação percentual do período (três primeiros trimestres do ano) para esse segmento, na série histórica iniciada em setembro de 2014. Os investimentos também cresceram nos outros dois segmentos de investidores mapeados pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais): 3,9% (varejo alta renda) e 5,2% (private).

“Trata-se de um recorde de crescimento para o varejo tradicional. É muito positivo que os brasileiros continuaram investindo, em um ano em que a taxa Selic foi reduzida a 2%, alguns títulos públicos tiveram rentabilidade negativa e a bolsa conviveu com forte volatilidade”, diz José Ramos Rocha Neto, presidente do Fórum de Distribuição da ANBIMA.

A alta fez que os investimentos dos brasileiros, na soma do varejo tradicional, varejo alta renda e private, somassem R$ 3,52 trilhões até setembro de 2020, um crescimento de 7,9% na comparação com o montante acumulado em dezembro de 2019.

Volume por classe de ativos e produto

Os valores aplicados em títulos e valores mobiliários tiveram o maior crescimento relativo em setembro, com alta de 20% sobre o último mês do ano passado, somando volume de R$ 621,4 bilhões, considerando o varejo tradicional e o alta renda. Na divisão por produtos, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) atingiu participação de 44,9% no total de investimentos em títulos e valores mobiliários nos dois segmentos do varejo em setembro de 2020. No mesmo mês de 2019, esse percentual era de 37,2%.

Na renda variável, o destaque fica com as ações, em um mês em que o número de pessoas físicas na bolsa brasileira superou a marca histórica de três milhões de investidores, conforme dados da B3. Em setembro, esses ativos respondiam por 16,9% do volume financeiro alocado em títulos mobiliários no varejo (tradicional e alta renda) – o percentual era de 15,5% em setembro de 2019.

O private foi impulsionado pelo crescimento das debêntures (alta de 19,6% no ano), além do aumento nos volumes de ações e CDBs. De forma geral, o volume de aplicações do segmento teve variação de 5,2% sobre dezembro de 2019, somando R$ 1,37 trilhão em investimentos em setembro.

A caderneta manteve em setembro o forte ritmo de crescimento verificado ao longo dos meses iniciais de pandemia. Estimulados pelo pagamento do auxílio emergencial e, também, pela maior poupança acumulada durante a pandemia, os investimentos do varejo no produto (somando tradicional e alta renda) totalizaram R$ 920,8 bilhões em setembro, alta de 17,6% em relação a dezembro de 2019. No ano, até setembro, o crescimento do volume financeiro na poupança superou dois dígitos no varejo tradicional (18,3%) e no varejo de alta renda (13,6%).

Enquanto isso, os fundos de investimento bateram R$ 605,6 bilhões considerando os recursos dessas duas classes de investidores, uma queda de 7,6% em relação a dezembro de 2019, impactados sobretudo pelas menores captações na renda fixa. No private, a variação dos fundos foi positiva, com alta de 1,2%, puxada pelos fundos multimercados.

Os volumes financeiros cresceram nas cinco regiões do país. No varejo (considerando tradicional e alta renda), houve avanço de participação dos investimentos do Nordeste – foram de 10,8% para 11,5% entre setembro de 2019 e o mesmo mês de 2020 – e de 2,1% para 2,4% na região Norte. No private, o número de contas teve alta de 0,7% sobre dezembro de 2019, um total de 121,3 mil, com destaque para os investidores do Sul do país. A região responde por 16,5% dos volumes financeiros em setembro, ante 13,6% em dezembro de 2019.

Perda de fôlego no trimestre

No acumulado de julho a setembro, os investimentos dos brasileiros cresceram 4,5% sobre o final do segundo trimestre. É um ritmo inferior ao verificado no período abril-junho (que havia crescido 9% sobre o primeiro trimestre).

“O ritmo menor de crescimento no terceiro trimestre está relacionado ao desempenho da atividade econômica e à redução dos valores do auxílio emergencial, de R$ 600 para R$ 300”, diz Rocha.

O resultado, entretanto, mantém a tendência de recuperação dos investimentos depois da queda de 5,3% nos três primeiros meses de 2020, período marcado pelo início da pandemia e das medidas de isolamento social no Brasil.

Confira as estatísticas na íntegra: varejo e private.

 

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.