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Boletim de Fundos de Investimentos

Fundos de investimento têm captação líquida negativa de R$ 22,9 bi em setembro

Em setembro, os fundos de investimento apresentaram captação líquida negativa de R$ 22,9 bilhões. No ano, o saldo também está negativo, em R$ 17,1 bilhões. Os resgates de multimercados e de ações contribuíram para os resultados.

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Os fundos multimercados tiveram saída líquida de R$ 10,4 bilhões no mês, com saldo negativo acumulado de R$ 79,7 bilhões entre janeiro e a setembro. A intensificação dos riscos para o ambiente global em setembro, em certa medida, explica o maior resgate líquido da classe. Reforça essa percepção o resgate de R$ 9,1 bilhões do tipo investimento exterior, a segunda subcategoria mais representativa dos multimercados em patrimônio líquido (R$ 711,7 bilhões).

A classe ações também apresentou um fluxo de recursos negativo em setembro, com retiradas líquidas de R$ 3,9 bilhões. No ano, esses fundos somam R$ 57,9 bilhões em saques líquidos. Entre os tipos, os dois mais representativos em patrimônio líquida da classe tiveram captação líquida negativa no mês: o menor resultado ficou com o ações investimento no exterior, de R$ 2,4 bilhões, seguido do ações livre, com R$ 2,3 bilhões.

A classe renda fixa também exibiu saída líquida no mês, de R$ 12,2 bilhões. De janeiro a setembro de 2022, a captação líquida, por outro lado, é positiva em R$ 94,7 bilhões, bem abaixo dos R$ 239,1 bilhões do mesmo período de 2021. O destaque está na subcategoria duração livre grau de investimento (investe em ativos de baixo risco, sejam títulos públicos, crédito do mercado doméstico ou externo), que apresentou o maior saldo registrado no mês e neste ano, de R$ 3,5 bilhões e R$ 65,3 bilhões, respectivamente.

Mesmo com o fim do ciclo de alta da Selic, decidido na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de setembro, a expectativa é que o patamar dos juros permaneça alto por um bom tempo, o que manterá a atratividade dos fundos de renda fixa. Porém, outros produtos da categoria, como ativos isentos de imposto de renda para pessoa física, concorrem com esses fundos e também ganham atratividade, o que pode explicar a redução da entrada de recursos desses fundos neste ano na comparação com o ano passado.

Com relação às rentabilidades, as estratégias ditaram o ritmo, sobretudo para os multimercados e ações. Os multimercados capital protegido, que buscam retornos em mercados de risco procurando proteger, parcial ou totalmente, o principal investido, exibiram o menor retorno no mês e no ano, com 0,88% e 10,68%, nesta ordem.

Para as ações, foram os fundos setoriais que tiveram os piores rendimentos: de 7,34%, em setembro, e 26,10% nos nove primeiros meses do ano. Em contrapartida, a renda fixa registrou valorização, com destaque para os tipos de crédito livre, o duração média que registrou o melhor desemprenho em setembro, de 1,20%, e o duração baixa com 9,91% no ano.