Após reversão nas expectativas em relação ao ciclo de corte de juros de médio e longo prazo no Brasil, em novembro todos os subíndices que compõem a família IMA tiveram o pior resultado mensal desde a greve dos caminhoneiros em 2018. O IMA-Geral apresentou rentabilidade negativa de 0,71%.

 

No mês, o índice que reflete os títulos indexados ao IPCA – IMA-B – encerrou o mês com perda de 2,45%. O IMA-B5+, subíndice de maior duration, foi o mais impactado, com queda de 4,07%, devolvendo quase metade do ganho registrado apurado no segundo semestre, até outubro, deste ano. Este, entretanto, mantém a melhor performance em 2019, com variação de 27,06%. Já o IMA-B5 encerrou o mês com perda de 0,28%.

O IRF-M, índice que representa os pré-fixados, apresentou variação negativa de 0,46%. O subíndice composto por títulos com vencimento acima de um ano – IRF-M1+ – caiu 0,83%. Por sua vez, o IRF-M1, que reflete os títulos com vencimento inferior a um ano, valorizou 0,33%; foi o único, entre os indexados e pré-fixados, que proporcionou rentabilidade positiva no mês. O IMA-S, subíndice mais conservador que segue os títulos públicos pós-fixados, avançou 0,38%.

Em novembro, o IDA-DI recuou 0,07%. É a primeira vez que o subíndice teve resultado negativo desde sua criação, em 2009. Isso transparece a reversão das expectativas em relação aos juros conjugada com o aumento da oferta desses títulos no mercado secundário. Outros subíndices do IDA também tiveram desempenho negativo, o mais significativo foi o IDA-IPCA Infraestrutura, com recuo de 2,07%. Na sequência, está o IDA-IPCA, com queda de 1,58%. O IDA-Geral caiu 0,65%.