Impacto do coronavírus na economia limita rentabilidade dos títulos públicos
A escalada do nervosismo em relação ao surto do coronavírus e o seu impacto negativo na atividade econômica mundial levou o mercado a rever as projeções econômicas. Refletindo essas incertezas, fevereiro foi marcado pelo aumento da volatilidade nos mercados financeiros mundiais e doméstico, tanto em ativos de renda fixa como nos de renda variável. O IMA-Geral rentabilizou 0,45% no mês.
Apesar da revisão para um cenário baixista dos juros, alguns subíndices, na última semana do mês, chegaram a devolver parte dos ganhos acumulados ao longo de fevereiro, quando, também, foi confirmado o primeiro caso do vírus no Brasil. Esse movimento nos indica que as incertezas estão limitando o ganho que, em tese, esses títulos apresentariam com a revisão para baixo dos juros e da inflação.
O IMA-B5+, por exemplo, que chegou a registrar variação de 2,98% ao longo do mês, encerrou fevereiro com ganho de 0,32%. O subíndices IRF-M1+ e IMA-B5, apesar de terem apresentado a melhor rentabilidade mensal (0,80% e 0,64%, respectivamente), encerraram o período abaixo da máxima registrada nesse mesmo intervalo. Já a variação dos títulos de curto prazo, menos suscetíveis às incertezas, ficaram em linha com o resultado dos últimos meses. O IMA-S e IRF-M1, rentabilizaram 0,27% e 0,38%, nesta ordem.
Os subíndices que compõem o IDA, o qual reflete a performance dos títulos corporativos, não ficaram de fora do movimento de ajuste, todos encerram o mês abaixo da máxima registrada no período. As maiores rentabilidades foram vistas nos ativos indexados ao IPCA, IDA-IPCA ex-Infraestrutura e IDA-IPCA Infraestrutura, que registraram variação mensal de 0,62% e 0,49%, respectivamente. O IDA-Geral ganhou 0,39% no mês.