Semestre é marcado por volatilidade e queda nos preços dos ativos
Os impactos econômicos da pandemia a partir de março fizeram as taxas de juros, que já testavam as mínimas históricas, recuarem ainda mais – a reunião do Copom de junho definiu a meta da taxa Selic em 2,25% ao ano. Essa redução, combinada a um nível mais baixo de volatilidade, reverteu parte da desvalorização dos preços dos ativos observadas neste semestre, principalmente no mercado de títulos públicos – o IMA-Geral encerra o semestre com ganho de 1,87%. Já o IDA-Geral ainda opera no campo negativo no acumulado de 2020, com perda de 0,74%. Vale destacar que desde maio se observa recuperação nos preços dos ativos, sobretudo a carteira de títulos públicos em mercado, que já apresenta retornos positivos.
Em 2020, no mercado de títulos corporativos, todos os subíndices que refletem os ativos indexados à inflação apresentaram retorno positivo no período. O IDA-IPCA Infraestrutura teve o melhor resultado, com variação de 1,43%. Logo em seguida, o IDA-IPCA ex-Infraestrutura apresentou 0,08%.
O único que ainda acumula perda no acumulado de 2020 é o IDA-DI (-1,89%), uma das menores duration, composto principalmente por ativos pós fixados atrelados ao DI. Essa performance é explicada tanto pela mudança do risco de crédito, que impactou todo o mercado, como pelas novas revisões para baixo em relação aos juros, as quais impulsionaram ainda mais o ajuste de preço dos ativos que remuneram em percentual do DI.
Em relação ao mercado de títulos públicos no semestre, quase todos os subíndices apresentaram retorno positivo, com exceção das carteiras de duration mais longa. O IMA-B5+, que apresentou ganho de quase 6% entre abril e junho, encerrou o semestre com perda de 5,26% – refletindo a desconfiança dos investidores em relação ao ambiente econômico de longo prazo. Já o IMA-B5 encerrou o semestre com variação positiva de 3,17%.
Em relação aos títulos pré-fixados, representados pela IRF-M, o destaque no acumulado de 2020 até junho ficou com o IRF-M1+, com variação de 6,03%. O IRF-M e o IMA-S rentabilizaram 2,6% e 1,72%, respectivamente.