O destaque em agosto foi a redução de 3,62% do IMA-B5 +, subíndice que reflete a carteira dos títulos públicos indexados ao IPCA acima de cinco anos e que apresenta a maior duration da família IMA (12,9 anos). No ano, esse subíndice acumula perda de 2,01%. Por serem papéis de prazos mais longos e, desta forma, mais correlacionados às expectativas da economia para o longo prazo, sua queda de rentabilidade pode estar relacionada às dúvidas dos investidores quanto ao encaminhamento da política fiscal, sobretudo em relação à permanência do teto de gastos. Um indicador disso foram as taxas de colocação das NTN-Bs longas deste mês, nas quais todos os vencimentos acima de cinco anos saíram com maiores prêmios em relação aos leilões anteriores.

 

Em relação aos títulos pré-fixados, reproduzidos pela carteira do IRF-M, o subíndice IRF-M1+, prefixado acima de um ano, performou 6,37% em 2020 até agosto, enquanto no mês expôs variação negativa (-1,13%); O IRF-M1, carteira de prefixados até um ano, apresentou variação anual de 2,96% e rentabilizou no mês 0,12%. O IMA-S, que reflete a carteira das LFTs em mercado, registrou variação de 0,16% em agosto e acumula 2,09% no ano. Por fim, a carteira total de títulos públicos em mercado, refletida no IMA-Geral, apresentou retorno mensal de -0,60%, com 3,02% de rentabilidade acumulada no ano.

Em 2020, no mercado de títulos corporativos, todos os subíndices que retratam os ativos vinculados à inflação, refletidos no IDA-IPCA, exibiram entrega positiva no decorrer do ano até agosto. Apesar da redução da rentabilidade no mês (-0,15%), o IDA-IPCA Infraestrutura manteve-se com o maior resultado no ano, com variação de 4,44%. Em seguida, vem o IDA-IPCA ex-Infraestrutura, que apresentou desempenho de 0,96% e 2,74%, no mês e no ano, respectivamente.

 

O IDA-DI, carteira das debêntures indexadas à taxa DI diária, que tinha sido o único da família IDA a apresentar retorno negativo (-0,45%) no acumulado do ano até julho, passou a dispor de ganhos positivos no período (0,40%), diante da performance positiva registrada em agosto (0,85%).