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2022#04: Smart contracts e finanças descentralizadas
Regulação Internacional

2022

#04: Smart contracts e finanças descentralizadas

Entrevista: precisamos falar sobre smart contracts, com Carlos Eduardo Gomes, head de research da gestora de criptoativos Hashdex

Carlos Eduardo Gomes, head de research da gestora de criptoativos Hashdex, tem uma história de vida profissional que “casa” bem com a natureza dos smart contracts: é formado em Ciência da Computação e atuou muitos anos no mercado financeiro tradicional como analista de investimentos. No ano passado, juntou tudo isso e embarcou na Hashdex para criar uma área de pesquisa. “Esse mercado acaba unindo essas minhas competências. Apesar de ser uma área de investimentos, ele lida com uma classe de ativos que têm no seu core a tecnologia”.

 Veja alguns trechos da conversa:

 A importância da blockchain

"A tecnologia tem o poder de escalar a confiança nas relações digitais de forma descentralizada. Pense no conceito do fiado, por exemplo, que no passado era uma relação de confiança baseada na proximidade entre partes que se conheciam pessoalmente. No mundo tradicional de finanças, existe a mediação de uma terceira parte (instituições, reguladores..) que funciona como agente intermediário seguro.

Quando a gente fala de internet, a outra parte está em qualquer lugar do mundo e aí como a gente estabelece essa confiança sobre com quem estamos fazendo negócio? A blockchain apareceu em 2008, criada por Satoshi Nakamoto (criador do bitcoin), com base em teoria dos jogos e criptografia, para ser uma forma descentralizada de transacionar com pessoas que você não conhece, com confiança, garantindo que a rede vai funcionar sempre de forma correta, transparente e segura. Dá para imaginar a blockchain como uma grande caixa de vidro cheia de dinheiro, transparente e segura, no meio da rua."

Onde entram os smart contracts

"Para começar, a ideia de smart contracts não é tão nova assim. O termo foi criado em 1996, mais de uma década antes do bitcoin, pelo cientista da computação e doutor em Direito, Nick Szabo. Sua função era registrar um conjunto de regras que definem um acordo e que vai ser executado da forma como foi desenhado. Pode ser compra e venda, investimento, trabalhista etc.

Szabo pensou em um sistema de contrato digital que faria o papel de garantidor. Com a blockchain, depois de 2008, entrou o lado de garantia e principalmente a segurança do acordo, porque ele não pode ser alterado. Quem fez a junção da blockchain com o smart contract foi Vitalik Buterin, um dos fundadores do Ethereum, que publicou um white paper em 2013 trazendo as ideias dele de programabilidade (escrever software sobre a blockchain). E aí isso virou a base para o que estamos vendo em DeFi, por exemplo."