<img height="1" width="1" style="display:none" src="https://www.facebook.com/tr?id=1498912473470739&amp;ev=PageView&amp;noscript=1">
  • Empresas fiscalizadas.
  • Trabalhe Conosco.
  • Imprensa.
  • Fale Conosco.

Notícias

Anbima acompanha debates sobre desafios globais no encontro anual do Banco Mundial e do FMI

Painéis abordaram resiliência, cooperação internacional e avanço da inovação como ferramentas para economias e mercados enfrentarem riscos diversos

Encontro FMI 2025.jpeg

Entre 13 e 18 de outubro, a Anbima acompanhou em Washington D.C. a edição de 2025 do encontro anual do Banco Mundial e do FMI. A presença na conferência, uma das mais importantes do calendário global para políticas públicas e discussões sobre o futuro dos sistemas financeiros e dos mercados, está alinhada à nossa agenda de ampliação da representatividade internacional.

O evento em reuniu líderes globais, especialistas e representantes do setor privado para debates sobre os desafios e oportunidades que moldam o futuro da economia, das finanças, do trabalho e da saúde. Os painéis revelaram caminhos estratégicos para enfrentamento de riscos sistêmicos e promoção de inclusão. Como pano de fundo, um ambiente de instabilidades geopolíticas e de incertezas sobre como a inovação – principalmente inteligência artificial e ativos e pagamentos digitais – vai se conectar com as atividades econômicas tradicionais.

“Com experiências de países tão diversos e debates abrangentes, o encontro anual do FMI e do Banco Mundial nos oferece uma excelente visão das questões que têm impactado as economias mundo afora. Eventos desse tipo contribuem para a Anbima estar a cada dia mais alinhada com as agendas globais de interesse dos mercados”, afirma nosso diretor-executivo, Zeca Doherty.

Contando com a participação de representantes de centenas de países, de todos os continentes, a conferência reafirmou que os desafios contemporâneos exigem soluções colaborativas, estratégicas e centradas nas pessoas. A ideia é de que a inovação, a regulação inteligente e a cooperação internacional são pilares para um futuro mais justo, resiliente e sustentável. Ouvimos na conferência cases e experiências de países tão diversos quanto Líbano, Estônia e Singapura, passando pelas dificuldades de muitas regiões diante de baixa produtividade da economia, envelhecimento da população e conflitos regionais.


Apesar de um cenário complexo, na visão dos especialistas a economia global demonstrou resiliência no último ano, sustentada por políticas sólidas e instituições robustas. O alerta ficou para riscos emergentes, como bolhas tecnológicas e vulnerabilidades climáticas, especialmente nos países mais pobres. A recomendação central foi fortalecer a cooperação regional, revisar políticas fiscais e proteger a independência dos bancos centrais.

No sistema financeiro, o risco de que problemas em uma instituição possam se espalhar e afetar outras foi amplamente mencionado, assim como a importância de desenvolver mecanismos eficazes de gestão de crises. Outra frente de atuação está relacionada aos crimes financeiros, que ficaram mais sofisticados com o avanço da tecnologia. Fraudes digitais, corrupção transnacional e fluxos ilícitos ameaçam a estabilidade econômica. Os especialistas defenderam ações coordenadas entre países, uso de tecnologias de prevenção e criação de registros globais de beneficiários finais. A corrupção foi apontada como fator que mina serviços públicos e perpetua desigualdades.


Transformação digital: inovação, regulação e inclusão


Diversos painéis do encontro mostraram como a convergência entre IA e finanças está remodelando o setor financeiro global, deixando uma tarefa ainda mais complexa para os reguladores: o desafio de equilibrar inovação com estabilidade, diante de modelos de IA autônomos e de governança desconhecida.


Pagamentos digitais, impulsionados pela pandemia, avançam a cada dia mais, assim como o desenvolvimento de sistemas que rodam em blockchain, de stablecoins e de moedas digitais de bancos centrais.

Um ponto recorrente nos debates foi o fato de haver grande diversidade de abordagens regulatórias entre países para ativos digitais, o que pode gerar riscos de arbitragem, falta de confiança e barreiras à interoperabilidade. Além disso, o ritmo acelerado das mudanças tecnológicas dificulta a adaptação dos modelos regulatórios tradicionais.

Pessoas no centro

Especialistas ressaltaram que hoje cerca de 30% da força de trabalho global atua em plataformas digitais, os que intensifica problemas como infraestrutura precária e exclusão tecnológica – sem falar no potencial (e ainda controverso) impacto da IA sobre os empregos. A solução, afirmam, passa por educação digital, conectividade e parcerias público-privadas para correção dos desequilíbrios entre plataformas, trabalhadores e usuários dos serviços. No entendimento de alguns, essa discussão também passa pela necessidade de uma governança ética dos modelos de IA, que leve em conta as necessidades da força de trabalho mundo afora.


Em paralelo, o acesso a saúde foi reposicionado como investimento estratégico em capital humano. Investir em saúde gera impactos diretos e positivos no desenvolvimento econômico, na produtividade e na geração de empregos – uma população saudável é mais produtiva, aprende melhor e contribui mais para o crescimento econômico. A IA também foi citada fomo grande auxílio nessa agenda, pois tem o potencial de democratizar diagnósticos clínicos e facilitar a produção e a distribuição de vacinas e medicamentos, principalmente em países com infraestrutura deficitária e reduzido acesso a inovação.

A Anbima também acompanhou de perto os debates sobre o futuro do trabalho, tema central diante da rápida digitalização e avanço da inteligência artificial. Os painéis reforçaram que a transformação tecnológica está mudando o perfil das profissões e exigindo novas competências dos trabalhadores. A previsão é de que até 2030, cerca de 70% das competências exigidas serão diferentes das atuais, tornando fundamental que todos estejam preparados e incluídos nessa jornada de transformação.