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Anbima apresenta experiência brasileira com finfluencers em conferência da IIFA

Painel sobre o fenômeno nas redes, a proteção do investidor e a regulação integrou evento da associação internacional de fundos, na Malásia

O crescimento dos influenciadores de finanças e investimentos (os finfluencers) e suas implicações para a proteção do investidor foram o tema de um dos painéis da 38ª Conferência da IIFA (sigla em inglês para Associação Internacional de Fundos), que aconteceu de 8 a 10 de setembro em Kuala Lumpur, na Malásia. No painel “A influência digital encontra a proteção ao investidor: perspectivas globais e tendências regulatórias”, Zeca Doherty, nosso diretor-executivo, compartilhou a experiência brasileira da ampliação do alcance dos finfluencers nos últimos anos e as respostas que o país está buscando para lidar com essa realidade.

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“Percebemos que a presença dos influenciadores de finanças aumentou de maneira expressiva principalmente durante a pandemia, período em que a Anbima passou a monitorar suas atividades nas redes sociais. Em 2020, eram mais de 260 finfluencers, número que atualmente ultrapassa 740 influenciadores falando de investimentos segundo nosso mais recente relatório de monitoramento”, afirmou.

Doherty observou que os conteúdos produzidos por esses influenciadores já chegam a cerca de 250 milhões de seguidores (lembrando que não são únicos, já que uma mesma pessoa pode ter mais de um perfil nas mídias sociais). São pessoas que se informam em relação a temas financeiro – e tomam decisões de investimento – lendo, assistindo ou ouvindo o que os influenciadores postam. Por isso o acompanhamento por entidades de autorregulação como a Anbima é tão relevante.

Ao lado de representantes dos mercados de capitais da Índia e da China, que relataram como é esse universo finfluencer em seus respectivos países, nosso diretor-executivo destacou o papel da autorregulação na abordagem desse fenômeno. “A Anbima decidiu assumir uma postura proativa, que inicialmente envolveu a criação de ferramentas que nos permitissem acompanhar os influenciadores nas redes em tempo integral”, disse.

Em um segundo momento, ressaltou nosso diretor-executivo, a associação passou a discutir com o mercado a criação de diretrizes de autorregulação para as atividades dos finfluencers. Em linha com as recomendações da Iosco (Organização Internacional de Comissões de Valores Mobiliários) para o tema, a associação publicou normas a serem seguidas por associados e aderentes aos códigos de autorregulação que contratem influenciadores para algum tipo de parceria. Além disso, a Anbima reforçou o incentivo para os próprios produtores de conteúdo obterem as certificações pertinentes a seu trabalho e elaborou guias educativos em linguagem acessível para esse público.

“Sempre tivemos o cuidado de adotar uma abordagem voltada ao engajamento dos finfluencers, em vez de simplesmente construir regras para a atividade. Trabalhamos para manter um diálogo aberto e constante com esses influenciadores”, ressaltou Doherty. “A Anbima acredita que a regulação deve considerar a dinâmica dos mercados e o comportamento do investidor. E como a cada dia o público fica mais jovem e mais interessado no mundo digital, a regulação precisa ser suficientemente flexível para promover a inovação no mercado ao mesmo tempo em que se mantém robusta e capaz de proteger os investidores. É esse equilíbrio que buscamos”, completou.

Na Índia, mercado que viu a quantidade de investidores de fundos sair de 20 milhões para 55 milhões em apenas cinco anos, o caminho foi um pouco diferente do brasileiro, de acordo com Venkat Nageswar Chalasani, diretor-executivo da AMFI (Associação de Fundos da Índia). Por lá, o regulador criou regras estritas para a atividade, como as exigências de distinção clara entre educação financeira e recomendação de investimentos e de transparência no relato de conflitos de interesses. No mercado indiano, a inteligência artificial é que ajuda os reguladores a monitorarem o que os finfluencers publicam nas redes sociais, afirmou Chalasani.

Yanbin Zhang, vice-presidente da AMAC (Associação de Fundos da China), destacou que regras mais rígidas também foram a escolha do governo chinês, que recorre a normas como obrigação de qualificação mínima para a atividade dos finfluencers, rigorosa moderação de conteúdos e exigências para as próprias plataformas das redes verificarem e controlarem as postagens ligadas a finanças e investimentos.
Nossa superintendente de Representação de Mercados, Tatiana Itikawa, também acompanhou os debates na conferência da IIFA na Malásia.

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Board da IIFA
Durante o evento também foi realizada uma reunião do board da IIFA, do qual a Anbima faz parte. No encontro foi aprovada a integração de uma nova instituição à IIFA: a Meima (Associação da Gestão de Investimentos do Oriente Médio). Também foi abordada a programação dos eventos da associação para os próximos anos, que serão no Canadá, no Chile e em Luxemburgo.