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ANBIMA Summit: mudanças na regulação devem facilitar acesso a investimento no exterior

Ampliação dos limites para o varejo deve vir com novas regras da CVM

O interesse dos brasileiros por investimentos no exterior vem crescendo de forma acelerada e a expectativa é que mudanças na regulação tornem esse tipo de aplicação bem mais comum e fácil. A popularização de investimentos lá fora foi tema do painel “Democratização dos investimentos internacionais e benefícios para os investidores”, realizado na tarde desta quarta, 27, no ANBIMA Summit.             

O Brasil está atrasado e a penetração de investimentos internacionais na sociedade ainda é pequena, considerou Roberto Lee, CEO da Avenue Securities. “Mas a atração é crescente e acelerada. São, atualmente, cerca de 500 mil brasileiros com exposição direta aos mercados americanos”, informou. Lee disse que, desde o ano passado, o crescimento das aplicações de brasileiros no exterior tem sido muito forte e que há algumas peculiaridades nesse movimento. Antes, o acesso aos ativos internacionais ficava restrito a determinados segmentos de investidores. Hoje, eles também estão acessíveis ao público de varejo.

O executivo também notou uma mudança no que diz respeito à busca dos investidores. Se antes eles estavam atrás de oportunidades de aplicações, agora também visam a proteção de capital. Por conta disso, mais recentemente, eles começaram a se interessar também pela renda fixa no exterior (inicialmente, a procura por ações era mais forte).

Lee considera que ainda há zonas cinzentas quando se fala em distribuição de ativos internacionais, mas que a regulação deve mudar isso. A CVM está revisando a norma sobre fundos de investimento e a proposta é dar maior acesso aos mercados de fora por parte de investidores nacionais. Atualmente, os fundos voltados a investidores de varejo podem aplicar até 20% do patrimônio em ativos internacionais. No entanto, esses investidores não encontram restrições quando compram BDRs (Brazilian Depositary Receipts) diretamente. Uma das propostas da CVM é permitir que esses aplicadores também possam acessar fundos que invistam 100% em ativos internacionais, desde cumpridos determinados requisitos.

Daniel Celano, country head da Schroders Brasil, considera que as travas que limitam o acesso do investidor comum aos ativos no exterior vão reduzir à medida que o mercado ganhe mais segurança. Ele pontua que os diferentes reguladores – CVM, Susep (Superintendência de Seguros Privados) e Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) – poderiam harmonizar suas respectivas regulamentações a respeito do tema, conferindo mais flexibilidade para os investidores e dando mais celeridade às mudanças.

Marcus Vinicius Gonçalves, CEO da Franklin Templeton Brasil, afirmou que a indústria também precisa reduzir os custos, de forma a criar escala. Ele lembrou que o Brasil tem mais de 700 gestoras, mas que os custos para o público em geral ainda não são competitivos e que, para popularizar os investimentos, é necessário atacar esse problema.

Educação financeira – Até que todo esse cenário de maior acesso aos produtos externos se torne uma realidade, os debatedores consideram que a própria indústria ainda precisa avançar bastante quando o tema é a educação financeira. “A indústria tem que focar e ajudar a explicar o que quer dizer investimento internacional”, afirmou George Kerr, country head da Compass Brasil. Ele considera que é necessário democratizar a educação financeira e explicar os benefícios trazidos por outros tipos de investimento.

Giuliano De Marchi, responsável pela área de asset management do J. P. Morgan para América Latina, afirmou que os investidores vão precisar buscar informações em fontes confiáveis, e que aqueles que não estão investindo no exterior estão deixando dinheiro na mesa: “investimento no exterior não é bicho de sete cabeças”, concluiu.

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