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Fundos de investimento serão fundamentais na nova atuação do BNDES

Joaquim Levy, presidente do banco, destacou a contribuição dos gestores na transformação da carteira da BNDESPar. Marcelo Barbosa, presidente da CVM, também esteve na abertura do evento e falou sobre os recentes aprimoramentos na regulação dos fundos

Os fundos de investimento poderão desempenhar papel importante na mudança de perfil do BNDES, que vem buscando maior participação de agentes de mercado para financiar projetos e modificar a sua atuação. Joaquim Levy, presidente do banco, disse que a carteira da BNDESPar precisa ser transformada, e que uma das formas de se fazer isso é por meio da parceria com o setor privado e dos fundos. A afirmação foi feita durante a abertura do 10º Congresso ANBIMA de Fundos de Investimento, que acontece nesta quarta-feira em São Paulo.

levy.JPGJoaquim Levy, presidente do BNDES, falou sobre a importância dos fundos no financiamento da economia

Hoje, o BNDESPar tem 40 fundos ativos, que investiram em 185 empresas e cujos recursos são geridos por 20 gestores escolhidos por meio de chamadas públicas. Levy afirmou que o banco está se preparando para empacotar ativos num fundo de forma a criar liquidez e diversidade nos créditos da carteira do BNDESPar, convidando o mercado a investir nesses papéis. “É uma maneira de cooperar com o esforço de privatização que o governo tem anunciado”, comentou.

Em breve, o BNDES deve divulgar os vencedores da chamada pública de quatro fundos de private equity e venture capital, que totalizarão R$ 2 bilhões. Levy informou também que o banco está entrando em fundos anjo, nos quais a curadoria de escolha dos projetos é o principal, daí a parceria com gestores profissionais. Em sua visão, a economia precisa de maior participação das pequenas e médias empresas, e isso não se faz apenas pelo crédito, mas também pela participação no capital (equities).

“A economia está num momento de expectativa. A gente vê que as empresas ainda estão aguardando para tomar decisões. O número de consultas ao banco é modesto, mas achamos que vai mudar à medida que ocorrerem eventos como o de ontem, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)”, afirmou. Na última terça, 23, a proposta de reforma da previdência foi aprovada na Comissão da Câmara. O presidente do banco disse que a reforma será muito importante para fortalecer a confiança do mercado, e que isso já se refletia no Ibovespa, que chegou a bater 100 mil pontos neste ano, mas recuou. “O índice chegou aos 100 mil e tenho certeza que vai ultrapassar se a gente continuar avançando”, disse.

Veja a cerimônia de abertura completa. Para assistir aos demais debates do congresso, acesse nosso canal no Youtube.

 

No entanto, ele pontuou que, além da reforma da previdência, o Brasil precisa de medidas de simplificação do funcionamento do governo e de um esforço de trazer as empresas ao mercado, de alinhar as atividades públicas do próprio BNDES e outras instituições públicas, como a Caixa, para que elas possam se focar em atividades-chave. Levy disse que o banco está em trajetória de transformação: “O BNDES está preparado, mas não pode ficar esperando até as indústrias voltarem a nos consultar. É necessário ir até as empresas e não ficar esperando elas baterem na nossa porta. Não há mais espaço para isso”, declarou.

Nessa nova trajetória, Levy destacou a participação em projetos de infraestrutura e também ao financiamento a pequenas e médias empresas. “O BNDES vai continuar apoiando a infraestrutura, que é um dos setores fundamentais para botar a economia rodando mais rápido”, afirmou. No entanto, ele lembrou que o banco agora vai contar com a participação do mercado em vez de financiar os projetos sozinho.

Durante a abertura do evento, o presidente da CVM, Marcelo Barbosa, também discursou, ressaltando a pujança, complexidade e grau de desenvolvimento alcançado pelos fundos de investimento no Brasil.

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Para Marcelo Barbosa, presidente da CVM, a redução dos custos de observância foi uma das principais realizações da autarquia com relação à regulação dos fundos

Ele citou alguns esforços recentes da autarquia para contribuir para o desenvolvimento da indústria, como a revisão da regra que cuida dos FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), que consta da pauta regulatória da CVM desde janeiro. A minuta a nova norma entrará em audiência pública. Ele também destacou a importância das Instruções 578 e 579, que reformaram os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) e que hoje contam com uma regulação adequada. No entanto, em sua visão, uma das principais realizações foi a Instrução 604, que trata da redução do custo de observância às normas (gastos que as instituições têm para cumprir as exigências do regulador), simplificando os procedimentos e proporcionando economia de tempo e custos para administradores de recursos.

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