Ofertas no mercado de capitais atingem R$ 394,9 bilhões no ano
Valor captado em julho, R$ 65,2 bilhões, é o segundo maior volume mensal de 2025As ofertas no mercado de capitais totalizaram R$ 394,9 bilhões no acumulado dos sete primeiros meses do ano, com uma redução de 10,8% na comparação com o mesmo intervalo em 2024. Apenas em julho, as empresas captaram R$ 65,2 bilhões, o segundo maior valor mensal de 2025.
“O volume expressivo mostra a contribuição dos instrumentos para viabilizar as estratégias de negócios das empresas. E a renda fixa deve continuar predominante com a expectativa de manutenção da Selic no patamar atual nos próximos meses”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do nosso Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais.
As debêntures somaram R$ 46,4 bilhões em julho, o maior volume mensal do ano, e R$ 238,9 bilhões no acumulado dos sete primeiros meses, com uma diminuição de 7,0% em relação a igual período do ano passado. A maior parte dos recursos captados em 2025 foram destinados para investimentos em infraestrutura (37,3%), pagamento de dívidas (25,7%) e gestão ordinária (17,0%). Nesse intervalo, o prazo médio dos papéis atingiu 7,9 anos.
Já as notas comerciais totalizaram R$ 3,5 bilhões em julho, levando o acumulado do ano a R$ 34,1 bilhões, com crescimento de 39,7% na comparação com o mesmo intervalo no ano passado.
Com os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), as companhias levantaram R$ 5,8 bilhões em julho, com alta de 11,8% ante o mesmo mês do ano anterior, e R$ 46,5 bilhões em 2025, 9,5% acima do registrado nos primeiros sete meses de 2024.
Ainda entre os instrumentos de securitização, os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) corresponderam a um montante de R$ 3,5 bilhões no mês e R$ 27,3 bilhões no ano, enquanto os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) registraram, respectivamente, R$ 2,3 bilhões e R$ 16,6 bilhões.
No segmento de títulos híbridos, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliários) chegaram a R$ 3,4 bilhões em julho e R$ 24,1 bilhões no acumulado de 2025, com queda de 26,9% em relação aos primeiros sete meses de 2024.
No mercado externo, as ofertas de renda fixa somaram US$ 4,8 bilhões em julho e US$ 22,0 bilhões no ano, ultrapassando assim o que foi registrado em 2024 inteiro (US$ 20,1 bilhões). Entre os tipos de emissores, as empresas responderam por 59,8% do total em 2025, seguidas da República (23,7%) e das instituições financeiras (16,6%).
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