Podcast #VaiFundo: entenda os mecanismos de gestão de liquidez e exposição ao risco de capital
Resolução CVM 175 incluiu na regulação brasileira o side pocket e as barreiras aos resgates, ferramentas utilizadas no mercado internacionalA edição especial do podcast #VaiFundo sobre a Resolução CVM 175 chega ao quinto episódio. A iniciativa é parte da agenda de desenvolvimento de mercado do ANBIMA em Ação, que reúne as nossas prioridades para o biênio 2023/2024.
Gestão de liquidez e exposição ao risco de capital são os temas centrais da conversa entre Claudio Maes, gerente de Desenvolvimento de Normas da CVM, e Ricardo Mizukawa, diretor de Riscos da Bradesco Asset Management. Os dois mecanismos abordados são relacionados à gestão de riscos. Para ajudar no controle da liquidez do fundo, os gestores poderão usar o side pocket, ferramenta disponível no mercado internacional que permite dividir a carteira entre ativos líquidos e ilíquidos
“Cindir a parcela ilíquida do fundo tem dois grandes benefícios: no caso da parte que permanece no fundo, é possível continuar fazendo aplicação e resgate, enquanto a parcela cindida fica fechada até o momento mais adequado para realização da venda dos ativos”, explica Mizukawa.
Maes acrescenta que o side pocket preserva o patrimônio dos cotistas diante de cenários de estresse. “É uma ferramenta que auxilia o gestor a não ter que vender ativos na bacia das almas ou se desfazer de determinada estratégia somente para honrar pedidos de resgate, que, em situações comuns de mercado, não estariam sendo feitos.”
Outra ferramenta de liquidez que dá mais liberdade de atuação ao gestor é a barreira aos resgates (gate), que vai ajudar a proteger o fundo em situações adversas. O mecanismo já é usado no mercado internacional e prevê a limitação de pedidos de resgates a frações do patrimônio líquido do fundo.
Exposição ao risco de capital
A adoção dos limites de exposição ao risco de capital cobre uma lacuna da antiga regulação de fundos. Segundo a CVM, a definição dos limites de alavancagem pode atrair investidores institucionais estrangeiros, já que alinha o mercado local às boas práticas internacionais. Paralelamente, nossa interlocução com o regulador contribuiu para que a regra não limitasse operações e estratégias de gestão.
“A ideia era ter limite para alavancagem e não mexer onde não há problema. Aqui não temos eventos a partir do excesso de alavancagem gerando patrimônio negativo e disparando problemas mais sistematizados na indústria”, pontua Maes.
Ouça o podcast #VaiFundo sobre a Resolução CVM 175:
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Conheça o ANBIMA em Ação
ANBIMA em Ação é o conjunto das principais iniciativas da Associação para este e o próximo ano. Esse planejamento estratégico foi elaborado a partir de uma ampla consulta aos nossos associados, instituições parceiras, reguladores e lideranças da ANBIMA e resultou em três grandes agendas de trabalho: de desenvolvimento de mercado, de serviços e estruturante. Confira cada uma aqui.