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Uso de dados será tão importante quanto produtos ou serviços da empresa

Informações que hoje estão submersas nas companhias vão ajudar na tomada de decisões, mas o ser humano segue como peça fundamental

A maioria dos negócios está se transformando em operações de informação e muitas empresas vão virar de dados ou, com alguma medida, vão ter que lidar com eles. A afirmação foi feita por Ronaldo Lemos, advogado e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, durante painel realizado no 10º Congresso ANBIMA de Fundos de Investimento, nesta quarta-feira, 24, em São Paulo. De acordo com ele, o setor financeiro já usa boa parte desse material, mas a tendência é que os dados que hoje estão submersos comecem a emergir e isso levará à mudança no tratamento das informações, que passarão a ser tão importantes quanto qualquer produto ou serviço.

Karin Thies, co-fundadora e head de Data Science da Geru, considera que o sucesso das empresas passará por como elas darão novos usos para velhos dados e de que como usará as informações alternativas de forma adequada na tomada de decisão em seus negócios. “Antes, o consumidor tinha que ir até uma agência física para abrir uma conta corrente ou pegar um empréstimo. Hoje, é possível abrir uma conta digital, 24 horas por dia e de qualquer lugar”, exemplificou, ao lembrar que, com o preenchimento de apenas alguns itens, é possível coletar todas as referências para decidir de forma inteligente e fomentar os negócios.

Mesmo com toda a tecnologia envolvida nas tomadas de decisão, o capital humano continua sendo fundamental na avaliação dos especialistas. “Quando se trabalha com dados, é necessário ter neutralidade e saber como que aquela informação se relaciona a outros aspectos para traçar o perfil do consumidor”, disse Karin. “As máquinas são importantes na seleção dos dados, mas o ser humano é fundamental para tirar as variáveis que trazem distorções”, complementou.

Ao falar sobre a importância do homem nesse processo, Ricardo Cappra, cientista-chefe da consultoria de ciência de dados Cappra Data Science e líder do laboratório de big data Mission Control, contou que um robô fazia consultas diárias de preços em sites de compras. As empresas começaram a identificar quando era a máquina pesquisando e alteravam o valor. “Foi necessária a intervenção de um humano para identificar que um robô estava enganando outro robô”, destacou.

Na opinião de José Marcelo Zacchi, secretário-geral do Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas) e pesquisador associado do IETS (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), o grande desafio das empresas é usar a inteligência artificial e navegação de dados para customizar e gerir o próprio negócio ao mesmo tempo em que começam os debates sobre regulação e ética no uso dessas informações.

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