Em julho, a indústria de fundos de investimento encerrou o mês com entrada líquida de R$ 63,7 bilhões, a maior captação líquida mensal de 2020. Com esse resultado a indústria volta a apresentar resultado positivo de recursos no acumulado do ano, na ordem de R$ 62,2 bilhões.

A classe multimercados, que registrou entrada líquida de R$ 23,4 bilhões, volta a ocupar liderança com a maior captação líquida no ano, R$ 59 bilhões – a última vez que isso ocorreu foi em novembro de 2019. Entre dos tipos que compõem a classe, os tipos livre e investimento no exterior registram captação líquida de R$ 11,5 bilhões e R$ 2,7 bilhões, no mês, respectivamente, e no ano apresentam o melhor resultado da classe, com R$ 35,1 bilhões e R$ 29,9 bilhões, nesta ordem.

A classe ações vem em seguida com captação líquida mensal de R$ 5,2 bilhões, o melhor resultado nos últimos quatro meses, sinalizando que essa classe pode retomar o ritmo positivo dos primeiros meses do ano. Em 2020, a classe acumula entrada líquida de R$ 55,7 bilhões. O tipo ações livre é o responsável pela maior parte do resultado, com captação líquida de R$ 2,9 bilhões, em julho, e de R$ 35,3 bilhões, no ano.

A classe renda fixa, que foi a mais afetada no período da pandemia, apresentou a maior captação no mês, R$ 35,4 bilhões, diminuindo a saída de recursos em 2020 para R$ 57 bilhões. O tipo que apresentou o melhor resultado no mês foi Renda Fixa Duração Baixa Soberano, com captação de 18,5 bilhões.

Em relação às rentabilidades, o mercado refletiu a melhora no humor dos investidores ao longo de julho e, entre os tipos das principais classes (renda fixa, multimercados e ações), apenas um apresentou rentabilidade mensal negativa. Na classe renda fixa, o tipo duração alta soberano apresentou o melhor resultado, 3,29%. Na classe multimercados o destaque ficou com o tipo long and short direcional, com 2,94%. Já na classe ações, o tipo com o maior PL, ações livre, a rentabilidade foi de 9,02%.