A segunda edição do Encontro com Ministérios reuniu representantes do Ministério de Portos e Aeroportos, Ministério das Cidades, PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) da Casa Civil, MoveInfra e nossos associados no escritório da ANBIMA, em São Paulo, para aprofundar o diálogo sobre o papel do mercado de capitais no financiamento de segmentos estratégicos para o desenvolvimento do país.

No evento realizado nesta quarta-feira (27), Alexandre Carneiro, assessor especial do PPI, ressaltou que há a possibilidade de emissão de debêntures para financiar projetos tanto de infraestrutura econômica, como social e ambiental, cobrindo “os três grandes pilares”, com alterações recentes permitindo a ampliação dos setores contemplados.

Helena Venceslau, diretora de Assuntos Econômicos no Ministério de Portos e Aeroportos, destacou o recém-lançado Programa AmpliAR, que tem o objetivo de modernizar e expandir a infraestrutura de aeroportos regionais, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, melhorando a conectividade em áreas remotas. “Todo mundo que entrar nesses leilões vai precisar de recursos e quem sabe veremos algumas debêntures financiando esses projetos”, completou. 

Já Paula Nóbrega, diretora de Monitoramento de Programas no Ministério das Cidades, detalhou os setores prioritários regulamentados pela pasta --saneamento básico, mobilidade urbana, iluminação pública, habitação social e requalificação urbana e parques urbanos públicos – e lembrou a lista de leilões previstos para os próximos meses. Para dar uma dimensão da relevância do mercado de capitais para a área, a executiva citou que, nos últimos dez anos, só o setor de saneamento teve R$ 60,3 bilhões em valores autorizados para captação de recursos via debêntures.

Completando a roda de conversa sobre as oportunidades no cenário atual e os desafios no horizonte, Ronei Glanzmann, CEO do MoveInfra, lembrou a evolução nas ofertas de debêntures desde a Lei 12.431, de 2011, e como é relevante ver a poupança privada financiando projetos prioritários para o país, o que mostra a maturidade do mercado de capitais brasileiro. “É um instrumento de política pública muito importante”.

Na primeira edição do encontro, em maio, que também havia sido conduzido por Cesar Mindof, nosso diretor, Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais, e Cristiano Cury, coordenador da Comissão de Renda Fixa, estiveram presentes representantes do Ministério de Minas e Energia, Ministério dos Transportes, ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) e PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).