Código Brasileiro de Governança busca minimizar fatores críticos para decisão de investimento
Publicação foi criada coletivamente pelo GT Interagentes, grupo do qual fazemos parteCerimônia de lançamento aconteceu nesta quarta, dia 16, na BM&FBovespa
Foi lançado ontem, dia 16 de novembro, o Código Brasileiro de Governança Corporativa para Companhias Abertas. O objetivo do documento é minimizar fatores críticos para a decisão de investimento e, portanto, para a atração de capitais necessários ao crescimento do país. O código é uma criação coletiva do GT Interagentes, grupo do qual fazemos parte junto com dez entidades do mercado de capitais.
O lançamento ocorreu na sede da BM&FBovespa, em São Paulo. Flávia Mouta, diretora de Regulação de Emissores da BM&FBovespa, abriu o evento falando sobre a importância da governança para o mercado. Ela destacou os planos da Bolsa para aprimorar as regras do Novo Mercado e convidou as entidades que fazem parte do GT Interagentes a participarem do debate.
Emílio Carazzai, presidente do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) e coordenador do GT Interagentes, também esteve presente na cerimônia e agradeceu a contribuição das 11 instituições para elaboração do código. “O código foi proposto pelo mercado para o mercado, ele nasceu como uma iniciativa de autorregulação”, disse.
A CVM estuda tornar as regras obrigatórias para as companhias abertas. O presidente da autarquia, Leonardo Pereira, afirmou que o desafio agora é definir a melhor forma de supervisão do código.
O documento segue o modelo “Pratique ou Explique”, que tem como principal característica a flexibilidade. Neste formato, a empresa que optar por não cumprir algum item do código deve explicar o motivo pelo qual não aderiu.
Marta Viegas, coordenadora do subgrupo responsável pelo código, fez uma breve apresentação sobre os cinco capítulos: acionistas, Conselho de Administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e ética e conflitos de interesse. Os quatro primeiros compreendem fundamentos e práticas para os órgãos que compõem o sistema de governança e o quinto apresenta padrões de conduta e comportamento. Marta comentou que para a construção do código foram selecionados 18 mercados internacionais e considerados os Princípios de Governança Corporativa G20/OCDE.
Conheça o GT Interagentes
O grupo tem como objetivo propor discussões e ações para elevar a competitividade do Brasil por meio da melhora do ambiente regulatório, incentivo ao incremento de fontes de financiamento de longo prazo e atração de recursos que possam assegurar condições adequadas para a expansão da atividade econômica e para o desenvolvimento do país.
Além da ANBIMA, o GT Interagentes é composto por representantes da ABRAPP, da Abrasca, da ABVCAP, da Amec, da Apimec, da BM&FBovespa, da BRAiN, do IBGC, do Instituto IBMEC e do Ibri, contando com o acompanhamento, na condição de observadores, da CVM e do BNDES.