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Congresso 2020: Inteligência artificial traz previsões mais assertivas para todos os setores

Para Ajay Agrawal, da Universidade de Toronto, as máquinas preveem cenários melhor do que os humanos e devem ser aliadas das companhias

“A inteligência artificial tem a tendência de criar poder de mercado e é essa a razão pela qual ela atrai tantos investimentos", afirma Ajay Agrawal, responsável pela área de empreendedorismo e inovação da Universidade de Toronto. Ele participou do terceiro dia de palestras do Congresso Brasileiro de Mercado de Capitais, evento da ANBIMA e da B3, nesta quarta-feira (25).

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Fernando Pires (Dynamo, à esq.) conversa com Ajay Agrawal (Universidade de Toronto, à dir.) sobre as vantagens do uso de inteligência artificial

 

Os economistas, segundo ele, abordam a tecnologia de uma maneira muito simples. Eles buscam entender como ela pode reduzir custos. Mas a IA (inteligência artificial) vai além: reduz o custo da previsão. Ou seja, usa uma informação que se tem na mão para gerar outra que ainda não se tem.

Valiosas previsões

Por que as companhias estão investindo de forma tão pesada e rápida em inteligência artificial? A resposta está ligada à capacidade dela ser aplicada a diferentes setores e ao fato de que não é mais caro produzir previsões mais assertivas. O poder da IA está ligado aos benefícios de sua retroalimentação, o que Agrawal chamou de feedback loops. Ou seja, quanto mais dados são coletados e analisados, melhores ficam as predições, levando a um número maior de usuários, que, por sua vez, produzem dados que retroalimentarão o sistema, criando um ciclo virtuoso.  

No entanto, há ressalvas: as máquinas reconhecem padrões, por isso têm dificuldade em lidar com fatos inesperados. “No caso da pandemia de Covid-19, que não se tinha dados prévios, a máquina teve um desempenho ruim, pois não está treinada”, explica. Os modelos fazem previsões estatísticas e não têm como intuir determinados acontecimentos, a não ser utilizando dados passados para tentar prever o futuro. “Uma das coisas importantes a se ter em mente é que as máquinas são boas em determinar correlações, mas não são tão boas em entender casualidades”, acrescenta.

Questionado por Fernando Pires, sócio da Dynamo, acerca de recomendações às empresas que querem usar a inteligência artificial, Agrawal enfatizou a necessidade em saber o que a IA pode e o que não pode fazer. “IAs não são mágicas, são estatísticas computacionais”, assinalou.

Outro conselho é que os projetos devem ser liderados ou ter forte envolvimento do alto escalão das companhias. “A maior falha na implementação de IA é a falta de visão da alta direção. O CEO tem de apontar qual é o objetivo, aonde ele quer chegar com ela.” Ajay ressalta que é preciso saber a meta a ser alcançada, e não criar o modelo de IA apenas por ter determinados dados disponíveis. 

Sobre à aplicação no segmento financeiro, Ajay, que também é fundador do Creative Destruction Lab, avalia que os profissionais cuja função é prever serão fortemente afetados. Ele explica que, apesar da IA não fazer previsões perfeitas, ela faz predições melhores que os seres humanos.

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