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MKBR22: Educação e financiamento são chave para impulsionar mercado de carbono brasileiro

Com diversas alternativas de combustível limpo e imensas florestas, o Brasil conta com potencial para liderar o mercado voluntário de carbono. Mas, antes disso, o país precisa superar obstáculos não apenas em termos de financiamento e metodologia, mas também da educação sobre o tema.

“Precisamos aproximar a Faria Lima da Amazônia”, diz Marina Cançado, co-CEO da Future Carbon Group, que participou de painel no MKBR22, evento organizado pela ANBIMA e pela B3 nesta quinta-feira (22), em São Paulo. 

À frente do Future Carbon, primeiro ecossistema brasileiro de soluções de descarbonização, Marina chamou a atenção para o desconhecimento sobre assunto e potencial desse mercado, tanto de gestores de ativos como do agricultor, por isso destacou a importância da educação para entender o ativo e atingir objetivos.

Mercado voluntário 

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Tatiana Sasson, da Mckinsey (esq.), Marina Cançado, Future Carbon (telão), Victoria de Sá, da Vert (dir.) falaram sobre mercado de caborno

O mercado voluntário tem como base, como o nome diz, os compromissos voluntários de empresas ou indivíduos que querem compensar sua própria pegada de carbono, explica Tatiana Sasson, sócia da McKinsey. Também existe o mercado regulado, composto principalmente de países, regiões ou setores, o maior deles sendo na Europa. Na América Latina, a Colômbia se destaca com mecanismos de tributação sobre a emissão de efeitos estufa.

Estimativas apontam que o mercado voluntário de carbono deve movimentar entre US$ 50 e US$ 100 bilhões até 2030, aponta Tatiana. No ano passado, esse mercado atingiu US$ 2 bilhões, ou quatro vezes mais do que em 2020, quando foi avaliado em torno de US$ 500 milhões. 

Também presente ao painel, Victoria de Sá, sócia-fundadora da Vert, lembra que na COP26 houve a regulamentação de artigo que trata deste mercado para países que precisam diminuir suas emissões. 

No Brasil houve alguns avanços, destaca Victoria, com a regulamentação de um decreto federal em maio deste ano. “A boa notícia é que já demos um primeiro passo, como a determinação do crédito de carbono como um ativo financeiro ambiental”, diz. 

Incentivos

Segundo Victoria, inserir o mercado voluntário de carbono no mercado de capitais é o passo mais fácil, porque o primeiro já permite a precificação.

Na visão de Marina, o baixo financiamento ainda limita o potencial de geração de créditos de carbono do Brasil, que ainda é “um mercado muito artesanal, de projeto a projeto”, diz.

O trabalho da Future Carbon é aliar o capital financeiro no processo de análise de viabilidade e certificação dos créditos de carbono com instrumentos que permitem o pagamento hoje de um fluxo futuro ao agricultor, funcionando como um incentivo. “O crédito de carbono pode ser uma coisa abstrata para o fazendeiro”, diz Marina.

Um desafio, segundo ela, é que as discussões metodológicas avancem para que “o Brasil tenha voz nas mesas globais”.

Padrões ESG 

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Fionna Ross, da abrdn, e César Sanches, da B3, falaram sobre mudanças climáticas e incorporação de práticas sustentáveis

A incorporação dos padrões ambientais, sociais e de governança, ou ESG, é um passo essencial para que as empresas possam medir sua pegada de carbono no planeta e o consequente impacto na mudança climática.

Fionna Ross, especialista em Investimentos em Sustentabilidade e head do abrdn - Instituto de Sustentabilidade para as Américas, diz que “é uma jornada longa e já compreendemos a importância de incorporar essas questões” em painel com César Sanches, superintendente de Sustentabilidade da B3.

Ela alertou que é preciso mudar a percepção de que incorporar essas práticas afeta os retornos dos investimentos. “Se você excluir totalmente um setor da carteira, como petróleo e gás, pode impactar”, afirma. “Mas do ponto de vista da integração, não vai impactar negativamente.”


 

 

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