Está em fase de desenvolvimento um passaporte regional de fundos de investimento e de LDRs (Latin American Depository Receipts) – produtos semelhantes aos ADRs (American Depositary Receipts), no entanto para negociação exclusiva na América Latina – entre a Argentina, o Brasil, o Chile, a Colômbia, o México e o Peru. A previsão é que o projeto fique pronto em 2019.

O projeto é do Instituto BRAiN, entidade da qual somos associados, em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A finalidade é buscar uma integração financeira na América Latina com os objetivos de melhorar a eficiência do mercado de capitais, reduzir custos, atrair investidores de outros centros financeiros e potencializar os negócios na região.

O passaporte de fundos será nos moldes do que já acontece na Europa e na Ásia. As cotas dos fundos poderão ser distribuídas em vários países ao mesmo tempo. Para isso, o regulador local será o responsável por comunicar os reguladores dos demais países. Com relação aos LDRs, funcionará da mesma forma: a grande vantagem será o acesso ao produto sem a intermediação das bolsas de Nova Iorque e de Londres, como acontece atualmente. Além disto, a comercialização possibilitará grandes negócios para a América Latina.

Atualmente, o projeto está na fase de elaboração dos memorandos de entendimentos entre os países. Depois de tudo formalizado, começará a implementação do passaporte, que requererá a criação de uma plataforma digital integrada entre os reguladores.