Títulos de renda fixa atrelados a taxas de juros diárias têm as maiores rentabilidades de janeiro
Desempenho desses papéis, refletido na trajetória de nossos índices IDA-DI e IMA-S, é favorecido durante o ciclo de alta dos juros
Os títulos de renda fixa atrelados a taxas de curtíssimo prazo apresentaram o melhor desempenho no primeiro mês de 2022, segundo o nosso Boletim de Renda Fixa. O relatório mostra que o IDA-DI, índice que representa as debêntures indexadas à taxa DI diária, avançou 0,86% no último mês. Já o IMA-S, que contempla títulos públicos indexados à Selic diária, aumentou 0,83% no período. “O resultado reflete, em certa medida, os efeitos da trajetória de alta da taxa de juros, que foi fixada em 10,75% na última reunião do Copom [Comitê de Política Monetária]”, afirma Hilton Notini, nosso gerente-executivo de Preços e Índices.
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Títulos públicos
A carteira de títulos públicos pré-fixados e de curto prazo, com vencimento inferior a 12 meses, também registrou variação positiva de 0,63%, de acordo com o índice IRF-M1. Em contrapartida, a expectativa de aumento dos juros e da inflação desvalorizou os títulos públicos pré-fixados com prazo acima de um ano – essa carteira, rastreada pelo IRF-M1+, apresentou variação negativa de 0,5% em janeiro.
Entre os títulos públicos pós-fixados, aqueles indexados ao IPCA e com prazo de até cinco anos rentabilizaram 0,11% no último mês, como mostra o IMA-B5. Por outro lado, o IMA-B5+, que reúne os papéis indexados à inflação com vencimento acima de cinco anos, continua a recuar: a variação negativa foi de 1,61% em janeiro, após uma queda de 0,34% em dezembro de 2021.
Debêntures
Ao contrário das debêntures atrelados à taxa DI diária, as debêntures indexadas ao IPCA apresentaram rentabilidade negativa. O índice IDA-IPCA recuou 0,41%, assim como os seus subíndices – o IDA IPCA Infraestrutura desvalorizou 0,36% e o IDA IPCA ex-Infraestrtura, 0,66%.