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Financiamento de longo prazo via mercado cresce, mas ainda está aquém

Mercado de capitais representou 14% dos investimentos em 2017

Nos últimos cinco anos, do total dos investimentos em infraestrutura, entre 60% e 70% vieram de fontes de financiamento que, no passado, eram quase que 100% representadas pelo BNDES. Em 2017, o mercado de capitais respondeu por 14% do total. “Está muito aquém do necessário, mas está avançando”, disse Cristiano Cury, do BTG Pactual. Ele moderou a discussão sobre financiamento de longo prazo, que aconteceu no Congresso Brasileiro de Mercado de Capitais nesta segunda-feira (3), em São Paulo.

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Grande parte dessas emissões deveriam ficar com investidores institucionais como fundos de pensão. E esse público, segundo José Guilherme Cruz Souza, da Vinci Partners, está em busca de segurança. “Procuramos os segmentos de menor risco, como o de energia”, disse.

Cury comentou a importância da participação de pessoas físicas nesse mercado: “elas trazem uma dinâmica de liquidez muito grande, mas são necessários mais players”. Ampliar a base de investidores, porém, passa por padronizar as emissões, na opinião de Sandro Kohles Marcondes, do Santander. “Emissões não padronizadas dificultam a entrada de segmentos que não participam do mercado. A padronização ajuda o secundário e atrai investidores estrangeiros”, disse.

Outro caminho, segundo ele, seria a convergência das taxas de juros para taxas de mercado, que traria um melhor alinhamento de spreads e, consequentemente, grandes investimentos.

O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, trouxe números recentes para comentar a transformação que já está ocorrendo no mercado. “Nos primeiros seis meses desse ano, o BNDES desembolsou R$ 11 bilhões e tivemos R$ 10,7 bilhões de debêntures. Estamos meio a meio” afirmou. “Temos observado debêntures ampliando cada vez mais sua duration média e se moldando melhor para financiar projetos. O mercado já está aí, mas ainda precisa crescer muito porque a nossa demanda por infraestrutura é de R$ 280 bilhões”, afirmou.

Essa opinião também é compartilhada pelo outro lado, ou seja, pelas empresas que acessam o mercado. Segundo Miguel Setas, da EDP Brasil, há 10 anos, quando a companhia chegou ao Brasil, 70% de seus projetos eram financiados pelo BNDES. “Hoje, ao contrário, 70% vem do mercado”, pontuou.

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