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Soluções baseadas em robos advisers não substituem o ser humano

Cenário impõe desafios regulatórios e relacionados ao perfil dos produtos

O uso dos robos advisers está provocando uma transformação profunda na indústria de investimentos, mas a solução está longe de substituir o ser humano, pois o trabalho de inteligência por trás da máquina é imprescindível. A constatação foi dos participantes de mesa redonda promovida pela revista Capital Aberto, na quinta-feira, 24, em São Paulo, da qual participou o nosso superintendente-geral, José Carlos Doherty, ao lado executivos da Vérios, Magnetis, Economática, PwC e Clear Corretora. “Não caminhamos para uma solução 100% automática”, disse Doherty.

 

Felipe Sotto-Maior, fundador da Vérios, classificou o robô como uma grande calculadora. “O trabalho de inteligência é feito por seres humanos”, afirmou. A Vérios é uma gestora de investimentos, que além da recomendação também executa as operações de compra e venda de ativos em nome do cliente. A atuação se diferencia da Magnetis, que se posiciona como consultoria de investimentos.

 

Apesar do avanço das soluções baseadas em robôs, há consenso de que os desafios são muitos, a começar pelo baixo número de produtos com gestão passiva disponível no mercado brasileiro. “Nos Estados Unidos, a indústria de ETFs (Exchange Traded Funds ou Fundos de Índice) já supera a de hedge funds”, comentou o diretor de produtos da Clear Corretora, Roberto Lee.

 

Os desafios regulatórios também pautaram o debate. Doherty destacou que no Brasil, assim como em mercados europeus e asiáticos, a postura tem sido de observação, para não inibir a inovação. “Como ANBIMA temos o dever de acompanhar as tendências e informar os nossos associados, disseminando conhecimento”, afirmou. Segundo ele, a Associação analisa autorregular as plataformas de investimentos a partir de regras a serem sugeridas pelo próprio mercado.

 

O consultor Luis Ruivo, da PwC, segmentou os clientes entre tradicionais, convertidos digitais e nativos digitais. Os primeiros preferem interagir com a instituição financeira por meio de canais físicos, ao passo que os convertidos ainda usam muito o call center e os nativos privilegiam a interação virtual. “A soma dos dois últimos tipos já supera o primeiro. Em breve, os nativos digitais serão em número maior do que os convertidos. Isso traz um desafio enorme para as instituições”, disse.

 

O perfil dos clientes da Vérios e da Magnetis mostra forte concentração na faixa entre 30 e 40 anos, com tíquete médio crescente e alta taxa de reinvestimento. Segundo Doherty, a difusão dessas tecnologias contribui para reduzir custos, aumentar a inclusão financeira e oferecer novos serviços e novas funcionalidades. Neste cenário, a educação do investidor é ainda mais oportuna, para que o cliente entenda o seu próprio perfil de risco.

 

O aspecto da segurança também foi lembrado pelo nosso superintendente, que destacou o lançamento do Guia de Cibersegurança, documento que consolida práticas e procedimentos para o desenvolvimento de uma política de segurança cibernética, levando em conta a experiência do mercado local e o que está sendo feito no mercado internacional.

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